O governo federal criou um programa que dá desconto na conta de luz para famílias e empresas que conseguirem economizar energia até o final do ano, em meio ao risco de racionamento e até de apagão, durante a maior crise hídrica no país em cerca de 90 anos.
O dinheiro para bancar esses descontos, porém, virá do bolso dos próprios consumidores de energia, incluindo aqueles que ganharão o abatimento. Isso porque o que vai pagar o rombo causado pelo desconto é uma taxa cobrada indiretamente na conta de luz de todos. Ainda não se sabe qual será o tamanho do buraco, ele vai depender da adesão ao programa.
Se por um lado o consumidor está recebendo, por outro, ele vai pagar. Certamente haverá um aumento de custo, uma despesa que não estava prevista e será repassada via ESS. Ana Carla Petti, presidente da consultoria MegaWhat
Encargo entra no reajuste anual das tarifas De acordo com a resolução que criou o programa de descontos, os valores virão do Encargos de Serviços de Sistema (ESS), uma taxa variável que já incide na conta de luz, com o objetivo de compensar custos extras do sistema de energia. Por exemplo, se uma falha de transmissão obriga o operador do sistema (ONS) a acionar uma usina termelétrica, mais cara, para suprir a demanda de certa região. O custo dessa energia é cobrado das distribuidoras, que recebem a fatura na forma do ESS. O consumidor não vai encontrar qualquer menção a esse encargo na sua conta de luz, porque ele não vem detalhado como uma taxa à parte. Mas o ESS é levado em co… – Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/09/30/desconto-conta-de-luz-reducao-voluntaria-energia-encargos-ess.htm?cmpid=copiaecola
Não há alternativa melhor. É a forma que o governo encontrou para incentivar a redução do consumo. João Sanches, diretor da consultoria Trinity Energia
Bandeira subiu 50%, mas ainda não cobre custo mais alto As contas de luz já estão mais caras por causa das bandeiras tarifárias, que cobram uma taxa extra mensal dos consumidores quando o custo da energia sobe. É o que está acontecendo agora, com o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e o acionamento das usinas termelétricas. Até agosto de 2021, a Aneel tinha um sistema de bandeira com quatro níveis: verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2. Como a seca foi pior do que o esperado, o governo teve de acionar ainda mais termelétricas e importar mais energia de vizinhos —o que elevou o custo da eletricidade. Para bancar esse custo, foi criada a bandeira de .
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